Estratégia de investimentos: Mão movendo uma peça de xadrez sobre um tabuleiro que reflete gráficos do mercado financeiro.
13 de agosto de 2025

Navegando o Cenário: Prudência e Oportunidade

Olá,

Em um cenário de sinais mistos, com desaceleração global e juros ainda altos no Brasil, a palavra de ordem é prudência ativa. Para o mês de agosto, realizamos ajustes táticos nas carteiras de perfil moderado e agressivo, com foco em aumentar a proteção e aproveitar oportunidades pontuais na renda fixa. A carteira conservadora permanece inalterada, servindo como nosso pilar de segurança.

Abaixo, detalhamos os movimentos e, em seguida, o contexto que fundamenta nossas decisões.

Nossos Ajustes em Agosto de 2025
Perfil Conservador: Sem alterações para o mês. A estrutura segue focada na segurança, com 75% da carteira em Pós-fixado e 25% em títulos atrelados à Inflação, com foco em papéis de duration média e longa.

Perfil Moderado: Renda Fixa: A base da carteira segue com 50% em Pós-fixado, 30% em títulos de Inflação e 7,5% em Prefixados. Renda Variável: Mantivemos a exposição de 2,5% em Ações Nacionais, focando em grandes empresas com resultados sólidos. Na parte internacional, realizamos uma redução tática, ajustando a posição para 5,0%. Diversificação e Proteção: Adicionamos uma nova posição de 2,5% em Ouro (Hedge) para proteção. A alocação em Multimercados (2,5%) é mantida para diversificação a longo prazo.

Perfil Agressivo: Renda Fixa: Aumentamos a posição em títulos Prefixados para 8,5%, buscando travar taxas atrativas. A carteira mantém 32,5% em títulos de Inflação e 21,5% em Pós-fixado, este último ajustado devido ao cenário macro. Renda Variável: Mantemos a alocação de 10,0% em Ações Nacionais, pois entendemos que o valuation da bolsa está atrativo. Nos investimentos internacionais, seguimos com uma redução da exposição para 17,5%. Diversificação e Proteção: Aumentamos a posição em Ouro (Hedge) para 5,0%. A classe Multimercado (5,0%) segue como um importante diversificador na carteira.

O Contexto: Por Que Fizemos Estes Movimentos?
Nossas decisões são sempre baseadas em uma análise cuidadosa do cenário macroeconômico, tanto global quanto doméstico.

  1. O Cenário Internacional Pede Cautela

O principal motor dos ajustes foi o cenário externo. A economia dos EUA, principal referência para o mundo, dá sinais de desaceleração, com dados de crescimento da demanda privada e do mercado de trabalho (Payroll) vindo abaixo do esperado. Isso reforça as apostas de um corte de juros pelo banco central americano (Fed) já em setembro. Esse contexto de “pouso suave” justifica a redução tática da exposição em ativos internacionais e o aumento de posições defensivas, como o Ouro.

  1. No Brasil, Juros Altos e Bolsa com Potencial

Aqui no Brasil, a decisão do Comitê de Política Monetária (COPOM) de manter a Selic em patamar elevado foi acertada, ajudando a controlar as expectativas de inflação. Essa manutenção favorece diretamente os investimentos Pós-fixados, que seguem como a base sólida de nossas carteiras.

Ao mesmo tempo, entendemos que a bolsa brasileira, apesar de sofrer com a recenet saída de capital estrangeiro após tarifas dos EUA, segue com múltiplos (Preço/Lucro) descontados, ou seja, com um valuation atrativo. Por isso, mantemos a exposição em Renda Variável Nacional, com foco em empresas de alta qualidade e balanços sólidos, enquanto aproveitamos as taxas da Renda Fixa Prefixada para os perfis mais agressivos.

Em resumo, os ajustes refletem nossa visão de navegar o cenário atual com prudência, mas sem deixar de aproveitar as oportunidades que consideramos mais claras e seguras no momento.

Se tiver qualquer dúvida ou quiser conversar em mais detalhes sobre sua alocação, estou à sua inteira disposição. Clicando aqui você pode agendar uma videochamada comigo.

Um abraço,

Hugo Affonso, CFP®

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