9 de junho de 2025

O Governo Mirou nos Seus Investimentos Isentos. E Agora?

Relato do Comitê de Investimentos de Junho/2025.

Tempo estimado de leitura: 4 minutos.

Sei que o cenário econômico atual, com suas reviravoltas e incertezas, pode gerar muitas dúvidas sobre os melhores caminhos para seus investimentos. Como seu parceiro nesta jornada financeira, meu objetivo com este relatório mensal é exatamente este: trazer clareza sobre os acontecimentos e mostrar como nossa estratégia está desenhada para navegar os próximos meses com segurança.

Neste sentido, após uma análise criteriosa, optamos por manter as alocações das carteiras conservadora, moderada e agressiva. Não se trata de uma decisão passiva, mas de uma ação reflete nossa convicção na estratégia atual como a mais segura e adequada para o momento.

Relembrando nossa estratégia:

  • Conservador: prioriza a segurança, com 75% dos recursos alocados em pós-fixado e 25% em títulos atrelados à inflação (IPCA). O objetivo é proteger seu capital com baixo risco.
  • Moderado: busca um equilíbrio entre risco e retorno, maior alocação em renda fixa (53% pós-fixado, 30% em títulos de inflação e 4,5% em Pré-fixado), com exposições estratégicas em ações nacionais (2,5%), internacionais (7,5%) e fundos multimercado (2,5%) para diversificação de longo prazo.
  • Agressivo:  busca maior potencial de retorno, alocações significativas de 20% em renda variável internacional e 10% em renda variável nacional. A alocação em multimercado é de 5% e em títulos ligados à inflação é de 32,5%. A exposição a títulos pré-fixados é de 5%, a de pós-fixados é de 25%, complementada por uma posição de 2,5% em ouro para hedge.

O Cenário Macro: O Que Aconteceu e Para Onde Vamos?

O mês de maio reforçou a importância de ter um guia de confiança. No cenário internacional, o crescimento global segue moderado, com as constantes mudanças nas políticas interna e externa dos EUA. A pausa nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China aumenta a incerteza, enquanto a Europa dá sinais de perda de fôlego em sua atividade econômica. E embora o mercado de trabalho americano siga resiliente, a inflação de abril abaixo do esperado adiou as expectativas de corte de juros pelo FED.

Aqui no Brasil, os dados de atividade surpreenderam positivamente, com o PIB do primeiro trimestre crescendo 1,4%. No entanto, o cenário fiscal exige atenção, com o Ministério da Fazenda bloqueando aproximadamente R$ 30 bilhões em despesas. Para combater uma inflação que ainda deve descumprir a meta por vários meses, o COPOM elevou a taxa Selic para 14,75% ao ano. A perspectiva é de manutenção da política monetária mais dura por um bom tempo.

Ainda no cenário fiscal, mais idas e vindas, com publicação de Decreto alterando alíquotas do IOF, retrocesso do Governo em relação a algumas alíquotas e, no último domingo, discussão com os líderes do Congresso Nacional sobre a primeira parte do pacote que substituirá o aumento do IOF.  A discussão se concentrou em medidas de aumento de receita, enquanto alterações pelo lado da despesa ficaram de fora, pelo menos por enquanto.

O ponto de maior atenção é a proposta de acabar com a isenção de imposto de renda para diversos investimentos populares, como LCI, LCA, CRI, CRA, FIAGRO e Fundos Imobiliários (FIIs), sobre os quais passaria a incidir uma alíquota de 5%. É fundamental entender dois pontos: essa nova regra só valeria a partir de 2026 e, mais importante, não afetaria os investimentos que você já possui nesses ativos, apenas as novas aplicações feitas após a mudança na lei. Embora o impacto potencial deste pacote seja de R$ 26 bilhões no próximo ano, a visão é que essa arrecadação não será suficiente, e novas medidas, incluindo cortes de despesas, continuam sendo essenciais para o equilíbrio orçamentário em 2026.

Apesar deste cenário desafiador, vimos o Ibovespa atingir um novo recorde de 140 mil pontos em maio, fechando o mês com uma valorização de 1,45%. Isso foi impulsionado pela entrada de investidores estrangeiros, que enxergam o Brasil com bons olhos. Um ótimo exemplo prático do sucesso de nossa seleção de ativos foi o desempenho do Bradesco (BBDC4), que valorizou 18,17% após apresentar excelentes resultados. A valorização do real frente ao dólar em 2025 abre uma janela de oportunidade para investidores que buscam diversificar seus portfólios com alocação em mercados globais. As projeções para a taxa de câmbio, no entanto, variam entre as casas de análise: a XP projeta R$ 5,80 para o final de 2025 e R$ 6,10 para 2026, enquanto o BTG Pactual prevê R$ 5,60 e R$ 5,50, respectivamente.

Nossa Estratégia de Ativos: Como Estamos Posicionados

É com base neste cenário complexo que definimos nossa estratégia para cada classe de ativo, justificando as alocações em sua carteira:

  • Renda Fixa: Reafirmamos a decisão de manter os atuais percentuais nesta classe. A exposição em Pós-fixado se justifica pelo rendimento nominal que segue elevado, com baixa volatilidade. Os títulos atrelados à Inflação continuam como protagonistas em um cenário incerto, sendo uma excelente proteção para o seu poder de compra. Mantemos baixa exposição em Pré-fixado, pois essa classe carrega um risco relevante no atual contexto fiscal e inflacionário.
  • Renda Variável: No Brasil, temos uma visão construtiva para o médio e longo prazo, mas o momento exige cautela devido a uma possível correção de curto prazo após a alta recente e a dependência do capital externo. No cenário Global, os múltiplos das ações estão acima da média histórica, o que sugere uma sobrevalorização e justifica uma postura mais cautelosa. Por isso, buscamos o equilíbrio entre os mercados.
  • Multimercados e Alternativos: Em momentos de alta volatilidade como o atual, os fundos Multimercados se mostram especialmente relevantes para a diversificação da carteira. Aos que se interessam por ETFs, nacionais e internacionais, ou desejam saber do que se trata, basta me acionar e explicarei com satisfação.

Próximos Passos na Nossa Jornada

A combinação de todos esses fatores exige uma estratégia de investimento que seja, ao mesmo tempo, cautelosa e atenta às oportunidades que surgem. É exatamente para isso que serve nossa parceria: para que você não precise se preocupar com a complexidade do mercado, pois estamos fazendo esse acompanhamento constante por você.

E, agora que o prazo da Declaração de Imposto de Renda se encerrou, podemos dar o próximo passo. Que tal avaliarmos juntos a possibilidade de aportes em seus fundos de previdência (PGBL)? É uma excelente forma de otimizar sua restituição no próximo ano.

Continuar nossa conversa é simples. Clique aqui para agendar nosso próximo encontro ou me chame diretamente no WhatsApp. Estou à disposição para tirar suas dúvidas e garantir que você se sinta sempre seguro e confiante em sua jornada financeira.

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